domingo, 4 de julho de 2010

SUMAC KUYLLUR
O som envolvente da autêntica música indígena

(Grupo musical indigena Sumac Kuyllur)

Vindo do Equador, o grupo musical indígena Sumac Kuyllur, tem conquistado o público brasileiro durante suas apresentações, em várias capitais do país e agora os alagoanos podem apreciar o som do grupo no centro de Maceió.Esse carisma do grupo é facilmente justificado devido ao som tradicional, típico dos Andes, vale ressaltar a performance autêntica e cheia de energia.

( Apresentação musical do grupo Sumaca Kuyllur em Maceio)

Formado por 11 integrantes da mesma família, descendente de Rumiñahui, o Sumac Kuyllur é liderado por Franklin Morales Loza, 25, vocalista e instrumentista. Segundo loza, a música começou a fazer parte de sua vida, aos 9 anos, quando aprendeu escutando canções na própria família.

Flauta nativa, toyo, flauta chinesa, kinacho, kena, sampaya e flauta de pan são alguns dos instrumentos utilizados nas apresentações.A maior parte dos instrumentos são fabricados por familiares, de maneira artesanal e passados aos descendentes

O repertório é composto por músicas da cultura indígena, como Ananau, Tatanka e Buffalo Blanco, que misturam sons da natureza, teclados marcantes e belíssimos arranjos de voz. “Essas músicas representam la tradición de todos indígenas del mundo. Foram incorporados sons del guitarra e violão, para que a música fique mais bonita”, explica Loza.

(Dança indigena realizado por menbro do grupo Samac Kuyllur)

Ao longo de sua carreira, o grupo gravou 7 cds de forma independente, entre eles, Meditación Capc-Situa, Ecuador e Spirit of Meditation. Segundo o vocalista pretende gravar um cd em Maceió.

(Alguns dos cds lançados do grupo Sumac Kuyllur)

Da performance do Sumac Kuyllur também fazem parte as apresentações das danças indígenas da águila, fuego e chuva. Essas danças, tem um significado especial para o grupo: é a forma de agradecer a “madre Tierra, ao solo e a Deus” por darem o que precisa para a sobrevivência do grupo.

(Grupo Samac Kuyllur realiza final das dancas tradicionais indigenas)

“Brindamos a nossa cultura e também toda gente do Brasil,com nossa música, que representa a natureza, serve para relaxar a mente do dia a dia estressante. Estamos muito agradecidos a todos que nos receberam bem e que anos apoiaram”, conclui Loza.


* jornalismo do blog (alagoascultural2010@gmail.com)

DESENHISTA ALAGOANO DE TALENTO


Certas habilidades podem ser adquiridas, mas o talento para arte é privilégio de poucos. Nesse rol, se encontra Frank Jorge Santos de Farias, 36, natural de Pão de Açúcar, mas que reside em Arapiraca.



Autodidata, aos 12 anos Frank Farias aprendeu a desenhar, apenas observando, e descobriu nessa arte uma forma de expressão. Com o tempo o desenhista aperfeiçoou sua técnica e influenciado por Leonardo da Vinci, criou seu próprio estilo.


“As pessoas parecem curtir muito o meu estilo de desenhar , mas eu tento combinar tudo o que gosto, fazendo em um único trabalho, além do mais conheço todas as técnicas, sou apaixonado por arte”, explica.


Segundo o desenhista, a inspiração para produzir sua arte sempre foi espiritual, apesar de não ter uma religião específica. Há um certo reconhecimento por seu trabalho, principalmente vindo por pessoas de outros estados, que geralmente não acreditam que essa arte é feita por um alagoano.



Paralelo ao desenho, Frank Farias adotou a massoterapia como profissão. É muito comum no Brasil, que o artista viva numa dupla função, devido a dificuldade em sobreviver somente de arte. “Se você for a Milão, na Itália, pode ver dentro de uma redoma um exemplar número 1 dos X-Man, certamente o museólogo dirá que é uma forma valiosa de arte. Percebemos que a expressão artística é diferente pra todos. É necessário viver, aprender e respirar arte em todas as formas, nossa educação depende disso”, acrescenta.


Admirador das Histórias em Quadrinhos, em 1995 ele viveu um momento especial e frustrante ao mesmo tempo. “Recebi o convite da Marvel, para estudar storyboards em Nova York. Nem achava que seria possível, porque já havia mandado mais de cem desenhos e nada de resposta, porém quando isso ocorreu, não dava para ir sem dinheiro”,relata Farias.

Apesar disso, Farias continua a produzir sua arte, mantendo-se fiel ao seu estilo, independente se o seu trabalho irá ser comercializado ou não.

* jornalismo do Alagoas Cultural.